O casal de mendigos durante o almoço oferecido pelo dono do restaurante assaltado
Fotografia: DR
Os proprietários do restaurante japonês assaltado na madrugada de segunda-feira ofereceram emprego ao casal de moradores de rua que encontrou e devolveu os 20 mil reais (cerca de um milhão de kwanzas) levados pelos ladrões.
O crime aconteceu em Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
O casal estava sob um viaduto da Radial Leste quando ouviu o alarme de uma empresa de ferragens disparar. Em seguida, os dois foram verificar do que se tratava e encontraram uma mala e um saco plástico de lixo cheios de dinheiro. Eram cerca de 17 mil reais em notas e três mil em moedas. Na posse do dinheiro, os moradores de rua procuraram um segurança da empresa e pediram que este chamasse a Polícia Militar.
Um dos sócios do restaurante, Miguel Kikuchi, de 42 anos, disse não ter acreditado quando a polícia ligou e informou que o dinheiro tinha sido encontrado e devolvido. “Pensei que era brincadeira”, afirmou. “É inimaginável que alguém fizesse uma coisa dessas. Era difícil de acreditar.”
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: financiar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal, que se dedica a recolher material reciclável nas ruas de São Paulo e vive há mais de um ano na rua, decidiu pela proposta de emprego. “Vou fazer formação e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos. “Da limpeza até à cozinha, posso trabalhar onde quiserem”. O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender a minha casa, na Divineia, região de São Mateus, na zona Leste”.
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até ao restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há muito tempo que não me sentava num restaurante para ter uma refeição tão boa”, disse.
O crime aconteceu em Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
O casal estava sob um viaduto da Radial Leste quando ouviu o alarme de uma empresa de ferragens disparar. Em seguida, os dois foram verificar do que se tratava e encontraram uma mala e um saco plástico de lixo cheios de dinheiro. Eram cerca de 17 mil reais em notas e três mil em moedas. Na posse do dinheiro, os moradores de rua procuraram um segurança da empresa e pediram que este chamasse a Polícia Militar.
Um dos sócios do restaurante, Miguel Kikuchi, de 42 anos, disse não ter acreditado quando a polícia ligou e informou que o dinheiro tinha sido encontrado e devolvido. “Pensei que era brincadeira”, afirmou. “É inimaginável que alguém fizesse uma coisa dessas. Era difícil de acreditar.”
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: financiar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal, que se dedica a recolher material reciclável nas ruas de São Paulo e vive há mais de um ano na rua, decidiu pela proposta de emprego. “Vou fazer formação e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos. “Da limpeza até à cozinha, posso trabalhar onde quiserem”. O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender a minha casa, na Divineia, região de São Mateus, na zona Leste”.
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até ao restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há muito tempo que não me sentava num restaurante para ter uma refeição tão boa”, disse.
Rejaniel contou que ganha, em média, 100 reais por mês. Com esse “salário”, para juntar os 20 mil teria que trabalhar mais de 16 anos e meio, sem gastar nada. “Melhor ter o dinheiro suado do que usar um dinheiro roubado”, afirmou.
Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Fui ameaçada depois de devolvermos o dinheiro”. Por questões de segurança, o casal não volta nos próximos dias ao viaduto que usava como lar. “Não quero voltar nunca mais para lá”, disse a mulher.
Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Fui ameaçada depois de devolvermos o dinheiro”. Por questões de segurança, o casal não volta nos próximos dias ao viaduto que usava como lar. “Não quero voltar nunca mais para lá”, disse a mulher.
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